Mano a Mano reúne gerações do rap feminino: Tasha & Tracie encontram Sharylaine em episódio potente sobre ancestralidade e o corre das mulheres pretas
Mano a Mano segue como uma das principais potências de escuta e troca da atualidade — e o novo episódio em vídeo mergulha em uma conversa poderosa entre gerações de mulheres que moldam a cena da música preta brasileira. Já disponíveis no Spotify , Mano Brown e Semayat Oliveira apresentam como potências do rap feminino: Tasha & Tracie e Sharylaine. Três artistas cujas trajetórias, apesar de distâncias no tempo, se conectam pela identidade, pela rima e pelo ativismo.
Em um episódio que é ao mesmo tempo aula de história e manifesto de futuro, as artistas falam sobre africanidade, resistência, autoestima preta, os becos como berço da criatividade, e o papel da mulher na cultura hip hop — ontem e hoje.
“O rap teve esse papel na minha vida. Depois que eu conheci, entendi que nossa história também tem valor” , relembra Tasha sobre a infância com sua irmã e o impacto do gênero na formação das duas.
Tasha & Tracie, que hoje acumulam palcos, marcas e escuta global, responderam com respeito e reverência — sem abrir mão da contundência e do estilo que fazem os ícones da Geração Z:
“Comecei em 1985. Tô fazendo 40 anos dentro da cultura hip-hop. Quando comecei, eu era uma adolescente de 16 anos falando pra minha geração — com uma linguagem muito direta, com as gírias que eu conversei. Mas também falei com uma geração anterior à minha e com uma posterior à minha. Eu levantei a bandeira das mulheres. Falei de machismo, sexismo, exaltei as mulheres e falei de forma positiva. Foi essa bandeira que me manteve viva nesses 40 anos” , comenta Sharylaine, pioneira no rap nacional .
O resultado é um episódio que costura vivências e visões com honestidade e afeto. Um encontro que celebra a ancestralidade feminina preta e reafirma a música como instrumento de transformação social.
Fonte