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Superfãs da geração Z mantêm a música ao vivo como prioridade, aponta estudo da AEG

Um novo estudo da AEG Global Partnerships revelou que, mesmo em momentos de crises econômicas, os jovens não abrem mão da música ao vivo. O relatório “The Live Effect”, baseado em entrevistas com 3 mil adultos no Reino Unido, mostra que a geração Z lidera o movimento dos superfãs, ou seja, aqueles que não apenas […]

AEG lança report sobre efeito dos superfãs nos shows


Um novo estudo da AEG Global Partnerships revelou que, mesmo em momentos de crises econômicas, os jovens não abrem mão da música ao vivo. O relatório “The Live Effect”, baseado em entrevistas com 3 mil adultos no Reino Unido, mostra que a geração Z lidera o movimento dos superfãs, ou seja, aqueles que não apenas consomem, mas vivem e se expressam por meio da música.

De acordo com a pesquisa, 79% dos participantes acreditam que os shows criam um senso de comunidade que o ambiente digital não oferece. Para 70%, estar em um evento é como se sentir “em casa”, cercado por pessoas que compartilham os mesmos sentimentos e referências. Além disso, 63% disseram ter feito novas amizades nesses eventos, enquanto 46% afirmam que, mesmo em tempos difíceis, continuariam gastando com shows e festivais.

Diante desses novos dados, o presidente global de parcerias da AEG International, Paul Samuels, declarou: 

“A música ao vivo une as pessoas como nada mais — e os apaixonados da geração Z estão dando um novo significado à palavra ‘superfã’. Durante um verão cheio de eventos, vimos fãs abraçando seu amor por artistas e gêneros específicos, indo a extremos para tornar suas experiências mais memoráveis e se marcar como parte das comunidades de fãs.”

O retrato dos superfãs

Crédito: Yannick Monschau

Ser fã, para a geração Z, vai muito além de ouvir música. Segundo o relatório, 48% dos entrevistados se identificam fortemente com comunidades de fãs, número que sobe para 65% entre os jovens. Essa relação se expressa de várias formas: 41% já se vestiram de um jeito que os associasse a um artista, seja com o verde “brat” em shows de Charli XCX, carecas falsas em apresentações de Pitbull, ou chapéus de cowboy em festivais de country.

Mas o comportamento dos superfãs vai ainda mais longe. Um em cada cinco (21%) confeccionou cartazes à mão para chamar a atenção dos artistas, 16% esperaram mais de cinco horas em filas, e 15% chegaram a faltar ao trabalho para conseguir um bom lugar no evento. Há também quem eternize essa relação: 12% dos jovens já tatuaram algo relacionado a seus ídolos, com destaque para os fãs de metal (17%), folk (16%) e K-pop (15%).

Esses gestos mostram como a música se tornou parte da identidade pessoal. Para muitos, estar em um show é mais do que ver um artista no palco. É sentir que fazem parte de uma comunidade real, fora das redes sociais.

Prioridade nas finanças e nas emoções

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O estudo aponta que o entretenimento ao vivo é o terceiro item mais importante de gasto entre os britânicos, atrás apenas de viagens e hobbies. Quase metade dos entrevistados (46%) afirmou que não deixaria de ir a eventos musicais, mesmo com o orçamento apertado. Apenas 22% disseram que cortariam esse tipo de despesa em caso de necessidade.

Paul Samuels reforçou que o valor emocional dos shows explica essa escolha: 

“Em tempos de recessão, às vezes precisamos de um pouco de alegria e empolgação na vida. É por isso que tão poucos fãs estão dispostos a reduzir os gastos com música ao vivo diante das dificuldades financeiras. Vimos isso depois da pandemia, quando a demanda disparou assim que as restrições foram suspensas, com as pessoas voltando aos shows para ver seus artistas e reencontrar amigos e familiares.”

Além disso, 67% dos jovens afirmaram sentir a mesma empolgação ao comprar ingressos para um show que ao planejar uma viagem. A pesquisa mostra que, para a geração Z, experiências compartilhadas valem mais do que bens materiais, e a música é uma das principais formas de viver essas experiências.

Comunidade e propósito nos palcos

Superfans / superfãs - Live Nation
Crédito: Unsplash

A força das comunidades de fãs também tem impulsionado gêneros que antes pareciam restritos a nichos, como o country, o metal e o K-pop. Em 2025, o festival C2C (Country to Country) reuniu 144 mil pessoas em cinco cidades do Reino Unido, consolidando o estilo como um dos mais procurados do circuito britânico.

“O senso de comunidade está gerando uma enorme demanda em alguns gêneros, com engajamento alto e oportunidades únicas. Parceiros que desejam alcançar esse público apaixonado podem se conectar com os fãs enquanto eles celebram seus interesses, ajudando a tornar as experiências mais memoráveis e fazendo com que a marca também seja lembrada”, completa Will Dowdy, vice-presidente de parcerias globais da AEG Presents.

A pesquisa também revela que o comprometimento dos superfãs vai além da música. 59% dos entrevistados consideram importante que os eventos sejam sustentáveis, e entre os mais jovens o número é ainda maior: 68%. Por isso, a AEG vem implementando ações como o uso de energia renovável e copos reutilizáveis em festivais como o Lido, em Londres, além de cardápios com opções vegetais e embalagens biodegradáveis.

Uma nova forma de viver a música

O relatório “The Live Effect” deixa claro que a geração Z está redefinindo o papel da música na vida das pessoas. O comportamento dos superfãs mostra que, mesmo em um mundo cada vez mais digital, o encontro físico continua insubstituível.

Os dados indicam que os shows permanecem como espaços de alegria, pertencimento e conexão, locais onde a música deixa de ser apenas som para se transformar em experiência coletiva. Entre filas, fantasias e tatuagens, os jovens provam que ser fã é um estilo de vida.

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