Em uma decisão unânime, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado rejeitou nesta quarta-feira (24) a proposta conhecida como PEC da Blindagem, que visava proteger políticos de processos criminais. Com a rejeição, o texto, que havia sido aprovado na Câmara na semana passada, será arquivado após um anúncio formal do presidente da Casa, Davi Alcolumbre.
Proposta Limitava Prisões e Exigia Voto Secreto
O texto da PEC gerou grande controvérsia ao propor uma série de medidas que beneficiariam parlamentares. Entre elas, a proposta limitava a prisão de políticos e exigia a autorização do Poder Legislativo, por meio de votação secreta, para que processos criminais fossem abertos. Além disso, a emenda constitucional também ampliava o foro privilegiado para incluir presidentes de partidos.
Rejeição Vinda de Senadores e da Sociedade Civil
Desde sua chegada ao Senado, a proposta enfrentou uma forte resistência. Senadores de diferentes partidos classificaram a PEC como um “exagero”, com críticas voltadas principalmente para a previsão do voto secreto. A mobilização da sociedade civil também foi crucial, com manifestações realizadas em diversas capitais do país no último domingo (21), que pressionaram pela rejeição do texto.
O presidente da CCJ, Otto Alencar, defendeu que a matéria ainda seja levada ao plenário, não para ser votada, mas para ser “sepultada” simbolicamente, reforçando o gesto político de rejeição unânime da Casa.
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