Fred Durst, vocalista do Limp Bizkit, lamentou a morte de seu companheiro de banda, o icônico baixista Sam Rivers, através de um novo vídeo.
A notícia do falecimento do músico de 48 anos foi compartilhada pelas redes sociais da banda no último sábado (18) e, até o momento, a causa da morte não foi revelada.
Vale lembrar que Rivers, um dos fundadores do Limp Bizkit, ficou fora da banda entre 2015 e 2018 e nesse período passou por um transplante de fígado após ser diagnosticado com uma doença hepática.
Fred Durst chora ao falar sobre Sam Rivers e história do Limp Bizkit
No vídeo publicado por Fred Durst, o vocalista da banda de Nu Metal, que não conseguiu conter as lágrimas ao final de seu depoimento, falou sobre como conheceu o amigo de longa data e convidou o baixista para montar o grupo. Visivelmente abalado, depois de respirar fundo, ele disse:
“Sam Rivers, a lenda. Verdadeiramente uma pessoa talentosa. Pessoa incrivelmente doce e maravilhosa. Conheci Sam quando comecei a trabalhar em algumas iterações de uma ideia de banda que eu estava tentando fazer acontecer em Jacksonville, Flórida. Eu tinha essa ideia e visão para esse tipo específico de estilo e som. E eu simplesmente não conseguia fazer direito. Então decidi, eu vou sair e encontrar os músicos certos para fazer isso e juntar essa coisa. Fui a um pequeno bar/pub onde uma banda estava tocando em Jack’s Beach, chamado Pier 7. E Sam estava lá no palco com sua banda, detonando no baixo. E eu pensei: ‘Meu Deus, esse cara é incrível’.
Na minha mente, você tinha que começar com a seção rítmica: o baixo e a bateria. E eu não sabia quem eu ia encontrar primeiro para montar essa ideia, não sabia se seria o baterista ou o baixista, mas acabou sendo o baixista. Vi Sam tocar e fiquei encantado. Ele estava tocando com um baixo de cinco cordas. Eu nunca tinha visto alguém usando um baixo de cinco cordas. E ele era tão suave e bom, e se destacava. Não conseguia ouvir nada além do Sam. Tudo desapareceu, além do dom dele. Fui até o Sam depois do show e disse: ‘Ei, cara, você é inacreditável. Eu tive essa ideia para essa banda que eu quero fazer’. E meio que a joguei a ideia e disse a ele o que eu queria que fosse. E ele olhou para mim e disse: ‘Ótimo. Estou dentro, vamos fazer isso’. Eu fiquei tipo ‘oh meu Deus’. Bom, vamos fazer isso. Foi assim que as coisas começaram a se juntar. Eu tinha um baixista.”
Fred Durst ainda contou que Rivers foi o responsável por apresentar o baterista John Otto, seu primo, que também integrou a banda e ajudou a consolidar a sonoridade que eles buscavam. Em seguida, ele voltou a elogiar as habilidades do parceiro musical:
“Sam tinha essa coisa com ele de qualquer coisa que eu pudesse cuspir da minha boca, ‘tente isso, faça isso ou aquilo’, Sam poderia fazer isso, e fazê-lo mil vezes melhor do que eu poderia ouvir na minha cabeça. E também Sam e eu compartilhávamos uma afinidade, um amor pela música grunge. Isso era algo sobre o qual nós dois estávamos realmente na mesma página. Sam realmente amava Mother Love Bone, Alice in Chains, Stone Temple Pilots e todo aquele movimento grunge de Seattle.
E ele tinha essa habilidade de extrair uma tristeza bela do baixo que eu nunca tinha ouvido. Ele tocava acordes da maneira que ele era tão talentoso. Não consigo explicar. Sei que estou divagando aqui. Só de pensar nele… é tão trágico que ele não esteja aqui agora. Eu passei por litros e litros de lágrimas desde ontem e eu tô pensando: ‘meu Deus, o Sam é uma lenda’. Ele fez isso, ele viveu isso.”
O vocalista do Limp Bizkit conta que tem sido “uma montanha-russa enorme” lidar com essa situação, explicando ainda que a banda estava vivendo um momento incrível e tranquilo e que “Sam estava muito feliz com isso”. Sobre as últimas experiências juntos, Fred apontou:
“Detonamos juntos em estádios, viajamos o mundo juntos, compartilhamos tantos momentos juntos. E eu sei que onde quer que o Sam esteja agora, ele está sorrindo e sentindo, tipo: ‘Cara, eu consegui. Eu consegui’. E cara, como ele conseguiu! O que ele nos deixou não tem preço. Ele era uma pessoa tão especial. Sam era uma pessoa muito reservada também. Então, as poucas pessoas que conseguiram ser próximas dele e ao seu redor sabem que o que estou dizendo é verdade. Ele era uma pessoa muito especial e genuína. E quando ele subia no palco, aquele ‘Sam eu sou’, aquele Sam Rivers, apareceu e ele era uma fera. Uma pessoa incrível.”
Durst ainda destacou a confiança que Sam Rivers depositava no Limp Bizkit e encerrou o vídeo agradecendo a presença do músico em sua vida e carreira, emocionado com o amor demonstrado pelos fãs após a triste notícia:
“E eu tinha 25 anos e ele tinha 18 anos, era jovem, tinha todo aquele fogo e todo aquele talento. E eu sabia que eu era muito, muito, muito afortunado por tê-lo na minha vida. E sou tão grato, incrivelmente grato por ter compartilhado parte dessa jornada com Sam Rivers. Uma parte enorme dessa jornada, uma parte enorme da minha jornada.
Sou super, super grato e já sinto muita falta dele. Todo o apoio e amor que vi online é esmagador. Ele realmente teve um impacto no mundo, e sua música e seu dom são os que continuarão rendendo frutos. E eu simplesmente o amo muito. Obrigado pessoal.”
Vale lembrar que o Limp Bizkit tem um show único marcado no Brasil para o dia 20 de dezembro, em São Paulo, no Allianz Parque. Além disso, a banda também tem shows marcados no México, Costa Rica, Colômbia, Peru, Chile e Argentina antes de desembarcar por aqui.
Assista ao vídeo da mensagem de Fred Durst abaixo.
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