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“Estava em carne viva e com imagem desgastada”, diz Vitão, que quebra hiato com single sobre amor

Mais sereno, empolgado, maduro e, acima de tudo, produtivo. É assim que Victor Ferreira, mais conhecido como Vitão, tem se sentido após tomar um tempo para si e para o estúdio. O cantor e compositor paulista vive uma nova fase pessoal e criativa, que se mostra para o mundo a partir do lançamento de um […]

(Foto: Talyssa Novellino/Divulgação)


Mais sereno, empolgado, maduro e, acima de tudo, produtivo. É assim que Victor Ferreira, mais conhecido como Vitão, tem se sentido após tomar um tempo para si e para o estúdio.

O cantor e compositor paulista vive uma nova fase pessoal e criativa, que se mostra para o mundo a partir do lançamento de um single romântico solo, “Sacode”, na última quinta-feira (08), e promete um disco inédito em breve.

Na faixa, a primeira sem feat. desde o álbum “TODAMANHÔ, ele aborda a atual “realidade do seu ser” e, mais que isso, o amor para quem dedica seu “mais lindo acorde”.

O tema, que já é comum em seu trabalho e deve dominar seu próximo projeto de estúdio, não é à toa. O artista tem como musa inspiradora Lou Garcia, cantora com quem ele está vivendo um romance fora dos holofotes há três anos.

Para ele, “a gente vive em um mundo de muito ódio, muito conflito, e é bom falar de amor, de paixão. Às vezes, parece até uma utopia, mas é sempre importante a gente se lembrar desse sentimento, dessa sensação”.

Em entrevista ao Papelpop, disponível na íntegra abaixo, Vitão abre o coração e detalha a nova “era”. Ele compartilha suas reflexões sobre processo artístico, música de amor, relacionamentos e vida fora dos holofotes.

Papelpop — “Sacode” é seu primeiro single solo desde o disco “TODAMANHÔ, de 2023, então marca seu retorno e inaugura uma nova fase. De que forma essa música representa seu atual momento?

Vitão — “Sacode”, até na própria letra, fala sobre uma nova realidade do meu ser — não só da minha carreira, mas [do meu eu] como ser humano. Estou um pouquinho mais maduro do que era antes. E me considero mais habilidoso hoje porque tirei um período para estar mergulhado no estúdio, me lapidando como compositor, produtor e instrumentista enquanto colaborava com outros compositores muito talentosos — a gente sempre vai aprendendo alguma coisa com todo mundo que nos rodeia. Então esse single marca esse momento de leveza, de paz, de felicidade por poder fazer isso da vida, por preencher a vida das pessoas com música, de relembrar meu papel na música, na vida dos fãs e, também, dos fãs na minha vida, o que é muito essencial.

PP — E como você tem se enxergado nesse processo?

V — Sinto que as coisas estão fluindo de uma forma muito natural, que estou sendo agraciado com muita sorte. Tenho músicas estourando — rolou uma regravação de “Penelope”, que eu tinha feito com Bin quatro anos atrás; Felipe Amorim agora regravou essa faixa, que tá indo muito bem e trazendo à tona meu nome e minha voz de novo, relembrando às pessoas que eu existo em um momento essencial para eu poder lançar minhas músicas novas em um terreno mais arado. Sinto que os planetas estão muito alinhados, que as coisas estão encaminhadas para essas novas músicas serem bem recebidas. Estou em um momento mais calmo, mais sereno. Aprendi a ouvir mais do que falar. Estou contente e empolgado com essa nova fase.

PP — Essa fase desemboca em um novo álbum, né? O que você pode nos contar?

V — No meu álbum anterior, “TODAMANHÔ, eu curti experimentar muito. Produzi grande parte assim, [experimentando], e quis fazer sem barreiras, sem gênero definido, sem focar no que sei que as pessoas gostam. Foi essencial fazer isso, eu não voltaria atrás. Foi muito bom. Sinto que isso abriu um leque de possibilidades para as pessoas que ouvem as minhas músicas, que ampliou essa gama [para elas pensarem]: “Caraca, o Vitão realmente é um artista que sempre vai surpreender a gente com o que ele vai trazer. Ele não vai ficar fazendo o que já deu certo”.

Agora, com esse novo álbum, eu olhei para o que faz sentido para o público, para o que as pessoas esperam de mim, e busquei trazer isso de uma maneira repaginada com quem eu sou hoje… não sou uma “nova pessoa”, mas, estou com 25 para 26 anos. Então estou fazendo o que sei que as pessoas gostam de me ouvir cantando, que é essa coisa mais R&B brasileiro, com muita referência da nossa música, do samba, nas melodias. E música romântica. Eu realmente me considero um cantor romântico, mesmo que, às vezes, eu tente fugir disso (risos). A música de amor sempre me pega. É o que sai de mim com mais naturalidade.

(Foto: Pedro Barcellos/Divulgação)

PP — “Sacode” já fala sobre amor, que, como você comentou, é algo muito presente no seu trabalho e, por ser um tema universal, na música em geral. Pra você, qual a importância de cantar o amor?

V — O amor talvez seja o tema mais fácil do público se identificar. Todo mundo já sentiu ou vai sentir isso em algum momento da vida. E é legal que a música de amor, principalmente quando não é tão sexual, pode ser interpretada para vários tipos de amor — não só o amor de casal, mas o amor de amizade, de família, de filho, de pai, de mãe, de irmão, de avó, de uma pessoa que se foi e a gente tem saudade. Eu gosto muito disso, que até me remete a músicas antigas que eu gosto, de Tim Maia, de Alcione, dessas coisas super românticas e entregues de coração aberto. Sinto falta disso na humanidade hoje em dia. Não que isso seja novo… mas a gente vive em um mundo de muito ódio, muito conflito, e é bom falar de amor, de paixão. Às vezes, parece até uma utopia, mas é sempre importante a gente se lembrar desse sentimento, dessa sensação, de dar as mãos, de abraçar, de fazer uma música leve e gostosa de ouvir.

PP — Por coincidência ou não, essa faixa, com essa temática, vem pouco depois de você e Lou Garcia confirmarem um romance. Ela tem sido sua musa? Ou, por ser cantora também, uma parceira na música?

V — Sim, com certeza! Sempre sai muito da minha realidade no que estou escrevendo. Não consigo fugir disso. Sempre sai um detalhe. Essa música eu escrevi em parceria com Bruno Bwayne, grande artista e compositor. Ele fez o refrão, mas eu fiz o primeiro verso muito dedicado ao nosso amor, nessa coisa de imaginar a gente realizando todos os nossos desejos, tudo o que a gente almeja para a nossa vida. Ela também é artista e geralmente os artistas pensam grande… a gente sonha muito alto. Ela com certeza é minha musa inspiradora para tudo isso.

PP — Você optou por ser mais discreto nos últimos anos, inclusive no relacionamento — depois de namoros bem públicos. E viveu esse “hiato” na música, estando, como você disse, imerso no estúdio. Sentiu a necessidade de viver um pouco fora dos holofotes? Por quê?

V — Eu senti que precisava de um momento para colocar a cabeça no lugar. Comecei a me expor e ser exposto na mídia muito cedo, com 18, 19 anos — que, querendo ou não, é a fase em que a gente está se encontrando e se desenvolvendo, saindo da adolescência para a vida adulta, mudando, vivendo paradigmas, se contradizendo… isso para a vida inteira; a gente sempre vai se contradizer, ser hipócrita, mudar de ideia, se reavaliar, e acho isso até saudável. Eu quis tirar um momento para dar um respiro de tudo isso, para poder me desenvolver. Eu estava muito em carne viva com o que eu sinto. Sou uma pessoa muito emotiva, aberta. Tudo mexe muito comigo. Então eu precisava de um momento um pouco mais comigo mesmo, recluso, para entender quem sou como ser humano e homem adulto, cuidar de mim e estar mais perto da minha família, [além de] dar um respiro para o público também porque senti que minha imagem estava um pouco desgastada.

Midiaticamente [falando], eu já fui muito bombardeado de todos os lados. Aquela coisa de meme, de fake news e de mentiras acaba desgastando. Senti que precisava me retirar um tempo e cultivar o que tem de mais importante na minha vida, que é estúdio, música, criação. Me retirei para ficar imerso no estúdio. Foi isso que eu fiz e sigo nisso até agora. Entrei em um ritmo tão fervoroso de produtividade que sinto que daqui para frente, mesmo voltando a lançar e mesmo voltando à estrada, vou estar mais pegado a criação, a estúdio. Não pretendo parar. Pretendo estar sempre criando mais — não só para mim, mas para outros artistas também porque sinto que isso me enriquece muito como artista e criador.

(Foto: Pedro Barcellos/Divulgação)

(Foto: Pedro Barcellos/Divulgação)





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