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O rapper carioca Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, pode enfrentar uma condenação de até 71 anos de prisão caso as acusações que pesam contra ele sejam mantidas e resultem na pena máxima. Indiciado por sete crimes, além de ter se tornado réu por dupla tentativa de homicídio, o artista está preso há mais de uma semana em Bangu. O jornal A Folha de SP conversou com a defesa do rapper e especialistas em Direito Penal, que criticam o que chamam de “exagero” na tipificação das acusações.
O episódio que levou à prisão de Oruam ocorreu quando policiais tentavam cumprir um mandado de apreensão contra um adolescente que estava em sua residência. Na tentativa de impedir a ação, o rapper e um amigo teriam arremessado pedras contra o delegado Moyses Santana e um agente de cartório. A ação permitiu que o menor fugisse da viatura. Com isso, Oruam passou a ser investigado por tentativa de homicídio, além de responder pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, resistência qualificada, desacato, dano qualificado, ameaça e lesão corporal. A perícia indicou que a altura e o peso da pedra arremessada poderiam configurar risco de morte.
A defesa do artista, no entanto, nega veementemente qualquer intenção de matar: “O artista não atentou contra a vida de ninguém, e isso será devidamente esclarecido nos autos do processo”, afirmou o advogado do cantor. Especialistas ouvidos pela Folha de S.Paulo endossam essa visão. Davi Tangerino, professor de Direito Penal da UERJ, declarou que considerar o ato como tentativa de homicídio é “uma loucura”: Jogar pedras para ajudar alguém a fugir não é um meio idôneo para matar policiais armados. Isso não faz sentido.”
Outro especialista, o advogado Fernando Castelo Branco, também questionou a postura das autoridades: “A própria polícia exagerou nas acusações, tentando dar uma classificação muito mais grave do que os fatos indicam.”
A Polícia Civil divulgou um vídeo institucional afirmando que não cederá a “narrativas antipolícia” e que enfrenta atualmente uma “guerra informacional” contra o combate ao crime.
Enquanto isso, Oruam segue em cela isolada, com alimentação regular e visitas permitidas apenas a advogados. A família aguarda autorização para visita presencial. Um protesto foi realizado por fãs e amigos do artista em frente ao presídio na zona oeste do Rio de Janeiro, pedindo sua liberdade. Enquanto não tem uma atualização, o rapper lançou diretamente da prisão o deluxe de seu álbum chamado Liberdade.
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