Assata Shakur, madrinha de Tupac, falece aos 78 anos em Cuba

ASSATA SHAKUR, ativista política, escritora e símbolo internacional da luta pelos direitos civis e libertação negra, falece aos 78 anos em Havana, Cuba. Autoridades locais confirmaram a morte, atribuída a causas de saúde.

Nascida Joanne Chesimard, em 1947, no bairro de Queens, em Nova York, Assata Shakur tornou-se uma das vozes mais marcantes dos movimentos sociais norte-americanos. Foi integrante do Partido dos Panteras Negras e do Black Liberation Army, destacando-se pela resistência contra o racismo, a violência policial e a perseguição do Estado aos militantes negros nos Estados Unidos.

Durante seu exílio em Cuba, iniciado na década de 1980, continuou escrevendo e debatendo questões ligadas à justiça social. Sua autobiografia, Assata: An Autobiography (1987), consolidou-se como uma obra de referência para estudantes, pesquisadores e movimentos de resistência ao redor do mundo.

Além de sua atuação política, Assata Shakur também deixou uma forte marca na cultura. Ela era madrinha e tia do rapper Tupac Shakur, que frequentemente a citava como inspiração em suas músicas e entrevistas. Essa conexão fortaleceu sua presença simbólica dentro do Hip Hop, garantindo que sua história chegasse a novas gerações.

Mesmo figurando na lista dos mais procurados do FBI, com recompensa milionária por sua captura, Assata foi considerada por muitos um exemplo de força e coragem. Seu nome atravessou fronteiras, tornando-se sinônimo de luta, resistência e justiça.

A morte de Assata Shakur encerra uma trajetória marcada por desafios, mas também por um legado poderoso, que segue inspirando movimentos sociais, artistas e ativistas em todo o mundo.

Detalhes sobre o funeral devem ser divulgados em breve em Havana.

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