10 lendas da música que você não conhece, mas deveria

Por trás de alguns dos maiores clássicos lançados na indústria da música, existem instrumentistas de alto nível técnico e criativo que marcaram presença nos estúdios e nos palcos ao lado de artistas consagrados. Apesar de não estarem sob os holofotes, esses músicos são referências entre profissionais da indústria, admirados por seu talento, versatilidade e musicalidade.

Em boa parte dos casos, esses artistas não receberam o reconhecimento merecido por atuarem como músicos de sessão ou de turnê, sendo sempre contratados para gravações pontuais ou longos períodos na estrada. Ainda assim, nos bastidores, eles foram fundamentais na construção de sonoridades que definiram estilos e a identidade musical de algumas das maiores lendas da história.

Este é o caso, por exemplo, do baterista Jonathan “Sugarfoot” Moffett, que acompanhou Michael Jackson em boa parte de sua carreira e ficou conhecido por sua técnica fenomenal de tocar bumbo, produzindo grooves que marcaram a carreira do Rei do Pop. Quem também pode ser citada é a baixista e guitarrista Carol Kaye, que contribuiu com a música pop dos anos 1960 e 1970 tocando em milhares de gravações, incluindo obras dos Beach Boys e Frank Zappa.

Para enaltecer esses artistas que não alcançaram o estrelato individual, reunimos uma lista com dez músicos cujos nomes você possivelmente não conhece, mas que são verdadeiras lendas entre artistas e produtores!

10 verdadeiras lendas da música que você não conhece, mas deveria

Jonathan “Sugarfoot” Moffett ficou conhecido por ter passado mais de 30 anos colaborando com a família Jackson e sendo o baterista de escolha de boa parte da carreira de Michael Jackson.

Ele esteve nos palcos de turnês históricas, como Bad, Dangerous e HIStory, e acompanhou de perto a evolução artística de Michael. Seu apelido Sugarfoot surgiu por sua técnica fenomenal de tocar bumbo, responsável por manter o groove que fazia os fãs do Rei do Pop vibrar.

Moffett também contribuiu com outras grandes lendas como Madonna, Elton John, Stevie Wonder, George Michael e muitos outros.

2 – Nathan East (baixista)

Nathan East está ativo desde o final dos anos 70 e é considerado um dos baixistas mais notáveis do R&B, jazz e pop, e também é o baixista com mais gravações na história da música. À medida que sua reputação na indústria crescia, East foi trabalhando com importantes nomes como Phyllis Hyman, George Benson, Anita Baker e Kenny Loggins.

Ele excursionou com Loggins, fez parte da banda de Eric Clapton no final dos anos 80, coescreveu e tocou em “Easy Lover” de Philip Bailey e Phil Collins e, em 2013, ainda contribuiu com o aclamado Random Access Memories, do Daft Punk.

3 – Omar Hakim (baterista)

Omar Hakim é um baterista extremamente requisitado tanto no palco como nos estúdios, e realizou trabalhos do jazz à música pop com maestria. O músico tocou bateria no álbum de maior sucesso comercial de David Bowie, Let’s Dance, de 1983, bem como no seguinte, Tonight, em 1984.

Além disso, Hakim fez parte da banda do álbum The Dream of the Blue Turtles de Sting, lançado em junho de 1985, e contribuiu com obras de Madonna. Também explorou o jazz fusion tocando com Weather Report, Roy Ayers, George Benson, Miles Davis e outros grandes artistas, e é outro que foi escalado para Random Access Memories, do Daft Punk.

4 – Michael Landau (guitarrista)

Michael Landau é um renomado guitarrista norte-americano conhecido por sua versatilidade e sensibilidade musical. O artista começou a se destacar na indústria como músico de estúdio, trabalhando com artistas como Joni Mitchell, Michael Jackson, Pink Floyd, Rod Stewart e também participando de longas turnês com artistas como James Taylor e Steve Gadd.

Atualmente, Michael se apresenta com seu próprio grupo, e também pode ser visto ao vivo com Hazey Jane, Kirk Fletcher, The Jazz Ministry, Stolen Fish, Michelle Branch e James Taylor.

5 – Carol Kaye (baixista/guitarrista)

Durante as décadas de 1960 e 1970, era incomum que mulheres fossem consideradas instrumentistas de estúdio experientes. Mesmo assim, Carol Kaye estava lá provando que as mulheres podiam entregar tanto talento quanto os homens. A guitarrista e baixista integrou um coletivo que era frequentemente convocado por Beach Boys, Phil Spector, Monkees e outros.

Trabalhando em obras que vão do rock ao pop, Kaye já tocou em cerca de 10 mil gravações ao longo de sua carreira de mais de 65 anos. A artista, responsável pela guitarra elétrica de doze cordas presente no álbum Freak Out! de Frank Zappa, foi selecionada para inclusão no Hall da Fama do Rock and Roll na categoria Prêmio de Excelência Musical este ano, mas declarou que não quer receber a homenagem.

6- James Jamerson (baixista)

Você pode até não saber quem é o baixista James Jamerson, mas as chances de você já ter ouvido algumas obras das quais ele participou da gravação são altas. O músico integrou a The Funk Brothers, banda de estúdio oficial da gravadora Motown, e contribuiu com alguns clássicos do R&B, soul e pop.

As linhas de baixo do influente músico estão presentes em hits como “Ain’t No Mountain High Enough” e “What’s Going On” de Marvin Gaye, e também em “My Girl”, do grupo vocal Temptations e “For Once in My Life”, que se tornou popular na voz de um ainda jovem Stevie Wonder.

7 – Steve Gadd (baterista)

Steve Gadd é um dos bateristas de estúdio mais conhecidos e respeitados da indústria. O músico norte-americano entrou para o Hall da Fama dos bateristas modernos em 1984.

Sua musicalidade sofisticada pode ser vista em obras como “50 Ways to Leave Your Lover” (1976) e “Late in the Evening” (1980) de Paul Simon, “Hi-jack” (1975) de Herbie Mann e “Aja” (1977) de Steely Dan. Gadd também gravou e saiu em turnê com Eric Clapton entre 1994 e 1996 e novamente de 1997 a 2004.

8 – Pino Palladino (baixista)

O baixista Pino Palladino se destaca por conta de sua versatilidade, contribuindo com trabalhos que vão desde o new wave até obras de rock, pop rock, e pop.

O músico galês, que tem como uma de suas principais influências James Jamerson, que citamos acima, colaborou com uma extensa lista de artistas que vai de D’Angelo, Erykah Badu e Questlove (no coletivo Soulquarians) a The Who, John Mayer Trio, Jeff Beck e Nine Inch Nails.

Um de seus trabalhos de destaque mais recente foi na música “II Most Wanted”, parceria de Beyoncé e Miley Cyrus incluída no disco Cowboy Carter (2024).

9 – Greg Phillinganes (tecladista/diretor musical)

O tecladista Greg Phillinganes está na estrada há mais de 40 anos e começou sua carreira em 1975 com Stevie Wonder, como membro de sua banda, a Wonderlove. Desde que parou de trabalhar com o lendário artista em 1979, o músico colaborou com obras de grandes lendas da música como Quincy Jones, Eric Clapton, Paul Simon, Mick Jagger, Michael Bublé e muitos outros.

Phillinganes também se dedicou à carreira de Michael Jackson por alguns anos. Após ter contribuído com os Jacksons, o músico participou de alguns discos solos do Rei do Pop, como Thriller. Além disso, atuou como diretor musical das turnês Bad e Dangerous e do especial de 30 anos de Michael.

10 – Paul Jackson Jr. (guitarrista)

Ao longo de sua carreira, o guitarrista norte-americano Paul Jackson Jr. demonstrou ser um músico versátil ao contribuir com obras que vão do pop ao R&B e jazz. Apesar de ter o mesmo sobrenome de Michael Jackson, o guitarrista não tem parentesco com o músico – e, ainda assim, contribuiu com diversas obras do saudoso cantor, incluindo os discos Thriller, Bad, Dangerous , HIStory e Blood on the Dance Floor: HIStory in the Mix.

Além disso, o influente guitarrista também somou em trabalhos de Whitney Houston, Elton John, e em várias faixas do álbum Random Access Memories, do Daft Punk. Os robôs escolheram um time de estrelas, hein?

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