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O dia em que Zack De La Rocha deu a real sobre os EUA: “brutal”

O Rage Against The Machine causou um impacto na indústria da música ao apresentar trabalhos carregados de críticas políticas e sociais acompanhados pro riffs explosivos. E seus integrantes também ficaram conhecidos por sempre compartilharem seus posicionamentos em relação ao sistema! Certa vez, o vocalista Zack De La Rocha fez um forte depoimento sobre os Estados […]

Zack de la Rocha em show do Rage Against the Machine

O Rage Against The Machine causou um impacto na indústria da música ao apresentar trabalhos carregados de críticas políticas e sociais acompanhados pro riffs explosivos. E seus integrantes também ficaram conhecidos por sempre compartilharem seus posicionamentos em relação ao sistema!

Certa vez, o vocalista Zack De La Rocha fez um forte depoimento sobre os Estados Unidos, apontando que os residentes do país vivem em uma sociedade brutal e explicando de que maneira ele e seus companheiros de banda usam a música para expor essas questões:

“Morando nos Estados Unidos, você vive em uma das sociedades mais brutais da história do mundo. O país que herdou o genocídio dos povos nativos americanos. Um país que participou da escravidão, o único país do mundo a usar e lançar uma bomba atômica sobre outro país, o país que assassinou e escravizou milhões no Sudeste Asiático, como resultado da Guerra do Vietnã, e nos inspiramos nas pessoas que resistiram.

Nos inspiramos porque acreditamos que qualquer sociedade, governo ou sistema criado exclusivamente para beneficiar uma classe rica, enquanto a maioria das pessoas trabalha, sofre e vende sua força de trabalho, enquanto o único motivo verdadeiro desse sistema for o lucro e não a manutenção e o aprimoramento da população para atender às necessidades humanas, essa sociedade não deve prevalecer.

Ela deve ser desafiada, questionada e derrubada. Despertar para o longo legado de brutalidade da história americana e subjugar a população mundial é algo que queríamos desafiar por meio da música.”

Zack De La Rocha soltando o verbo sobre os Estados Unidos

O músico continuou seu disco mencionando o emblemático segundo disco de estúdio do RATM, Evil Empire, que foi um sucesso de público e crítica e ainda os consolidou como uma das maiores bandas do planeta, alcançando o topo da Billboard.

Apontando detalhes sobre a escolha do título, que em tradução livre significa “Império do Mal”, e falando sobre a capa do álbum, Zack declarou:

“‘Império’ é a palavra que os Estados Unidos se tornaram, os Estados Unidos são um império. É uma das forças mais poderosas da economia global. O título, na verdade, veio de um discurso proferido por Ronald Reagan, na década de 1980, quando ele se referiu à União Soviética como o ‘império do mal’. Se você observar as atrocidades cometidas pelos EUA na segunda metade do século XX, esse nome, imaginamos que esse nome, ou esse rótulo, poderia facilmente ser usado para descrever os EUA. E é por isso que o usamos.

A imagem do segundo disco é um pouco mais irônica. Se você olhar atentamente para o rosto do menino, para nós ele simboliza a estrutura de poder nos EUA. Se você olhar para ele, ele está sorrindo como se estivesse no controle. Mas se você olhar mais profundamente em seu rosto, verá que ele está com medo. Porque ele sabe o que está por vir. Ele sabe que os pobres nos EUA não continuarão sofrendo da maneira que sofrem sem tomar medidas contra eles.”

Com a volta de Donald Trump à presidência, assuntos abordados por Zack De La Rocha décadas atrás se tornaram novamente temas centrais de discussões.

O ataque sistemático aos direitos civis, o endurecimento das políticas migratórias e muitas outras questões sociais voltaram a se tornar grandes preocupações não só para a sociedade norte-americana como para a população mundial.

Nesse cenário, a música de protesto, como temos visto o Green Day colocar em prática em seus shows, ocupa um papel fundamental em chamar atenção para as contradições do sistema e mantendo ativa a resistência cultural diante do avanço de políticas autoritárias e excludentes.

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