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5 anos de “folklore”, da Taylor Swift: a era que virou poesia pop!

Em 24 de julho de 2020, no auge da pandemia, Taylor Swift lançou um dos álbuns mais surpreendentes (e influentes) de sua carreira: “folklore”. Um projeto que não veio com hit pronto, divulgação massiva ou grandes expectativas comerciais. Na verdade, ele surgiu como um sussurro. Um convite para entrar em uma floresta silenciosa, cheia de […]

(Foto: Divulgação)


Em 24 de julho de 2020, no auge da pandemia, Taylor Swift lançou um dos álbuns mais surpreendentes (e influentes) de sua carreira: “folklore”. Um projeto que não veio com hit pronto, divulgação massiva ou grandes expectativas comerciais. Na verdade, ele surgiu como um sussurro. Um convite para entrar em uma floresta silenciosa, cheia de histórias que pareciam ter sido escritas em segredo.

O anúncio veio menos de 24 horas antes do lançamento oficial. No dia 23, Taylor publicou que um novo álbum estava chegando à meia-noite. E foi assim que, sem aviso prévio, o mundo foi apresentado ao seu oitavo disco de estúdio, um projeto que fugia completamente de tudo o que ela havia feito antes.

Musicalmente, “folklore” foi uma guinada ousada. Depois de anos dominando o pop radiofônico com hits como “Shake It Off”, “Blank Space” e “Look What You Made Me Do”, Taylor escolheu o caminho oposto: trocou o pop tradicional por instrumentos acústicos, os refrões explosivos por melodias sutis, e as confissões pessoais por narrativas fictícias. O resultado foi um álbum de indie folk, pop alternativo e chamber pop, com atmosfera melancólica e quase cinematográfica.

 

(Foto: Divulgação)

 

A construção do álbum também fugiu do padrão. Produzido à distância, durante o isolamento da pandemia, “folklore” contou com a colaboração de Aaron Dessner (do The National) e Jack Antonoff (parceiro frequente de Taylor). Cada faixa foi composta e gravada de forma remota, em estúdios caseiros, trocando arquivos por e-mail e mensagens durante a madrugada.

Uma das características mais marcantes do álbum é sua capacidade de contar histórias. Diferente de seus trabalhos anteriores, Taylor optou por sair de si mesma como narradora principal. Ela criou personagens, inventou cenários e explorou pontos de vista diferentes. É o caso, por exemplo, de “cardigan”, “august” e “betty”, que contam um triângulo amoroso adolescente sob ângulos distintos. Ou da faixa “exile”, parceria com o Bon Iver, que retrata um fim de relacionamento como um diálogo entre duas pessoas que já não se escutam mais.

 

 

Mas não foi só a música que chamou atenção. “folklore” também inaugurou uma nova estética visual para Taylor, algo entre o rústico e o etéreo, com forte influência do chamado cottagecore: florestas enevoadas, roupas de tricô, luz natural, diário manuscrito, solidão bucólica. Essa estética rapidamente virou febre nas redes sociais, especialmente no TikTok e Pinterest, inspirando visuais, hábitos e até playlists temáticas.

O impacto do álbum foi imediato. “folklore” quebrou recordes de streaming, foi aclamado pela crítica e venceu o Grammy de “Álbum do Ano” em 2021, consagrando Taylor como a primeira artista feminina a ganhar três vezes o prêmio. Se tornou também um dos projetos mais respeitados de toda a discografia de Taylor não apenas entre os fãs, mas entre críticos e colegas de indústria.

Cinco anos depois, “folklore” permanece como uma obra atemporal. Um refúgio sonoro criado em tempos de caos, que ofereceu a milhões de pessoas um espaço de introspecção, beleza e calma. É mais que um álbum: é uma memória coletiva. Um marco artístico. E, para muitos, a trilha sonora de um período de silêncio que disse muito.





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